segunda-feira, 14 de agosto de 2017

O que é uma Nebulosa?

  Estamos aqui voltando para mais um assunto astrofísico, e dessa vez, o meu preferido, Nebulosas, e que também dá nome ao blog (avah). Basicamente falando, Nebulosas são nuvens de "poeira", composta por Hidrogênio, Hélio e Plasma, e geralmente estão presentes em regiões que estão tendo formação estelar. Algumas Nebulosas são tão grandes que apresenta um diâmetro de anos-luz, mas em compensação, não são tão "pesadas" para o seu tamanho, um exemplo disso é que uma Nebulosa com o tamanho da terra pesaria apenas alguns quilogramas (Kg).A iluminação de sua "poeira" deve-se as estrelas quentes que lhe iluminam, fazendo-as assim virarem o espetáculo que são.

Existem 4 tipos de Nebulosas

Exemplo de Nebulosa de emissão. Nebulosa
de Orion.
Nebulosas de emissão: São Nebulosas de nuvens com gás com temperatura altíssima, e os átomos de suas nuvens recebem energia por luz ultravioleta de estrelas próximas, e caso essa energia fique baixa, começam a emitir radiação.A maioria delas é vermelha por causa do hidrogênio, que emite luz vermelha.


Resultado de imagem para Messier 78

Exemplo de Nebulosa de reflexão. Nebulosa Messier 78. 

Nebulosa de reflexão: Basicamente são Nebulosas apenas com nuvens de poeiras que refletem luz de estrelas próximas, sua cor geralmente é azul, por causa que a luz azul é espalhada mais facilmente.


Exemplo de Nebulosa escura. Nebulosa
cabeça de cavalo, acho que da para

entender a referência do nome.


Nebulosas escuras: São Nebulosas escuras de nuvens de poeiras e gás, geralmente são escura como podem ver, pois impedem a luz quase que completamente de passar.
Exemplo de Nebulosa planetária. Nebulosa 
da Helix. 
Nebulosas planetárias: São Nebulosas que tem este formato de um planeta, por causa de um material ejetado de uma estrela central, sendo iluminada por uma estrela central.
Exemplo de Nebulosa difusa nebulosa de Órion.

Nebulosa difusa: Existe também um tipo especial de Nebulosa no qual é uma junção de uma Nebulosa de emissão com uma Nebulosa de reflexão, recebendo então o nome de Nebulosa difusa.
Fonte: Explicatoruim, Wikipedia, Jardim Secreto, Astroverada.
Leia o post completo

O mundo da Física Quântica | Parte 2 | Salto Quântico

Salto Quântico


 A Mecânica Quântica é um dos pilares da Física Quântica que estuda o universo em suas menores escalas (átomos, partículas). É famosa por suas teorias bizarras e anti-intuitivas, que sugerem universos paralelos e paradoxos temporais, porem, é uma das áreas mais precisas da ciência, e que vem revolucionando o nosso conhecimento sobre universo. O assunto que trataremos aqui é o Salto Quântico.

 Até então sabemos que os átomos são formados basicamente de prótons, nêutrons e elétrons. Os prótons e nêutrons ficam presos dentro do núcleo atômico, enquanto os elétrons ficam orbitando o núcleo em alta velocidade. Até aqui é fácil de entender.


  Como já explicamos no artigo sobre Gravidade Quântica, os elétrons são mantidos em suas orbitas pela atração electromagnética, e que quanto mais próximo estiver do núcleo atômico, maior é essa atração. No entanto, os elétrons possuem uma certa energia, seja ela cinética, térmica, ou outra. Quanto mais energia um elétron tiver, mais força ele possui e essa força o impulsiona para fora do átomo.  
  A eletrosfera (região onde o elétron orbita o núcleo) é formada por várias camadas eletrônicas, que possui valores de energia específicos para cada tipo de átomo. Essas camadas permitem que apenas os elétrons com aquela quantidade específica de energia se mantenha na camada, se o elétron tiver menos energia ele se move para a camada anterior e quando ele tiver energia igual a da  próxima camada (mais externa) ele se move até ela.  Para os elementos conhecidos atualmente, existem, no máximo, sete camadas que são representadas, respectivamente (de dentro para fora), pelas letras K, L, M, N, O, P e Q.
Sete camadas eletrônicas representadas pelas letras 

A distribuição eletrônica refere-se ao modo em que os elétrons estão distribuídos nas camadas ou níveis de energia que ficam ao redor do núcleo do átomo. Por exemplo, abaixo temos o átomo do berílio. Ele possui 4 elétrons no total, distribuídos em duas camadas eletrônicas. Assim, a sua distribuição eletrônica é dada por: 2 - 2 .  
  
  Átomo de Berílio 
                                      
   No entanto, os elétrons não se distribuem de qualquer forma nessas camadas, havendo, portanto, algumas regras a serem seguidas para essa distribuição. Por exemplo, a primeira camada (K) suporta no máximo 2 elétrons, e a camada de valência (a última camada a ser preenchida) pode possuir no máximo 8 elétrons. Esses e outros fatores ocorrem porque os elétrons distribuem-se nas camadas eletrônicas de acordo com subníveis de energia, que são identificados pelas letras s, p, d, f, que aumentam de energia nessa ordem respectiva. Cada nível comporta uma quantidade máxima de elétrons distribuídos nos subníveis de energia. Os elétrons podem pular de um nível para o outro, de acordo com sua quantidade de energia. Para vencer a força de atração do núcleo e pular para uma camada mais externa, o elétron precisa absorver energia, para ter "força" para se mover de uma camada para outra. Quando o elétron se move para uma camada mais interna, ele precisa liberar energia (denominada quanta ou fóton) para que sua "força" diminua, fazendo com que a atração eletromagnética o aproxime do núcleo.  Essa mesma energia liberada pelo elétron é a luz que vemos, cada luz possui um comprimento de onda diferente, e nossos olhos interpreta cada comprimento de onda como uma cor diferente. Um experimento realizado por cientistas no século XX, observava a variação da luz emitida por um átomo em diferentes quantidades de energia. A ideia do experimento era medir a quantidade de energia que um elétron possuía, e como ela influenciava em sua órbita. O esperado era observar uma mudança gradual na cor emitida, por exemplo, no caso do mercúrio, quando um elétron muda para uma camada externa ele ganha energia, e conforme ele fosse se movendo no espaço entre as duas camadas ele deveria emitir todos os comprimentos de onda até a cor específica daquela camada. Observe o espectro abaixo. Por exemplo, se um elétron do mercúrio estiver em uma camada que emita uma cor verde, conforme ele fosse ganhando energia deveria apresentar uma coloração mais clara até chegar ao amarelo, que seria a próxima camada.

O experimento mostrou uma coisa bem diferente do esperado. Ao invés da cor variar gradualmente conforme o espectro, ela alternou diretamente. No caso do mercúrio, ao invés de variar de uma cor mais clara do verde para o amarelo, ela simplesmente pulou todas as cores, e foi direto para o amarelo. O esperado era ver todas as cores daquele intervalo do espectro, mas foi observado apenas linhas. Os resultados mostravam que o elétron não percorria o espaço entre uma camada e outra, ela teleportava diretamente de uma camada para outra. Ficou meio bizarro agora não é? Por mais estranho que pareça a resposta é essa mesmo, os elétron teleportam de uma camada para a outra. Esse fenômeno recebeu o nome de Salto Quântico. 
  Com base nesses experimentos,  Niels Bohr criou um modelo atômico que revolucionou nosso conhecimento sobre os átomos, e com isso abriu uma porta para que outros cientistas melhorassem ainda mais o modelo atômico.  
   


  Essa ideia é bem maluca, mas vários experimentos comprovam essa teoria. Para tentar explicar esse comportamento bizarro, cientistas criaram a ideia de universos paralelos. Segundo essa teoria, no momento que o elétron desaparece de sua órbita, ele esta na verdade viajando por outro universo, e de repente, reaparece em nosso universo novamente. Essa explicação é ainda mais bizarra que o próprio resultado do experimento, não acham? Acontece que essa explicação está sendo cada vez mais aceita. No caso da Mecânica quântica, mesmo sendo bem estranha, suas equações são incrivelmente precisas. É como se alguém que você nunca viu na vida chegasse perto de você e dissesse que te conhece perfeitamente. A princípio você iria duvidar, mas se essa pessoa te descrevesse perfeitamente é bem provável que você começasse a ouvi-la. O salto quântico é um fenômeno bem estranho, porem bem comum no nosso universo. O jeito é acostumar com a ideia, e até que outro cientista revolucione a ciência.

Fontes: Manual da Química, Série Alem do cosmos - National Geografic. 
Leia o post completo

O mundo da Física Quântica | Parte 1 | Gravidade Quântica

Gravidade Quântica 

  A mecânica quântica é um dos pilares da física quântica, que estuda o universo em escalas subatômicas (átomos e partículas). Como já mencionamos no artigo sobre a teoria das cordas, a mecânica quântica descreve a gravidade de uma forma diferente da relatividade geral de Einstein. 

 A mecânica quântica descreve a gravidade como uma interação de partículas. Essas partículas produzem três forças fundamentais da natureza, força eletromagnética, força nuclear forte e força nuclear fraca. A força eletromagnética é uma interação entre fótons, elétrons e o núcleo atômico. Os prótons possuem carga positiva e os elétrons possuem cargas negativas, e com isso nós sabemos que elas se atraem, mas porque elas se atraem? Os fótons são partículas elementares que produzem a força eletromagnética. Essa força é simplesmente a troca de fótons entre os elétrons e o núcleo atômico. O núcleo de um átomo está cercado de fótons, e esses fótons possuem uma força de atração que interage com qualquer partícula que tenha carga elétrica. Com isso, os fótons são bombardeados pelo núcleo atômico, e quando colidem com um elétron retorna novamente para o núcleo. Essa troca de fótons cria a atração gravitacional entre elas. Quanto mais próximo o elétron estiver do núcleo, maior será essa atração, pois a distância é bem menor, o que aumenta as chances de ser atingido por um fóton. Se você estiver imaginando um único fóton sendo trocado pelas partículas, você esta imaginando de forma errada. Um fóton é bilhares de vezes menor que o elétron, e por isso, na interação eletromagnética, milhares de fótons são trocados ao mesmo tempo (isso mesmo, o universo subatômico é literalmente uma bagunça). 

                         

 Existem fenômenos que ocorrem no interior do núcleo atômico que, embora também estejam relacionados com a estabilidade nuclear, não podem ser explicados sem que postulemos a existência outras forças, com características bastante diferentes da força eletromagnética. Entre estes fenômenos estão a radioatividade e o decaimento de partículas nucleares. A radioatividade é a parte integrante da nossa vida. Algum elementos químicos possuem a característica especial de emitir, espontaneamente, partículas de altas energias. A este fenômeno damos o nome de radioatividade. Um núcleo radioativo é instável por que ele contém ou prótons demais ou nêutrons demais. Como consequência disso, este núcleo ejeta espontaneamente partículas até se tonar estável. Ao fazer isto, este átomo pode se transformar em um outro elemento químico, processo esse que é chamado de decaimento. A força responsável por esse decaimento é a força fraca. É mediada pelos bósons W e Z. A força fraca funciona de forma bem parecida com a força eletromagnética, as partículas mensageiras (Bósons W e Z) são trocadas entre os quarks no núcleo do átomo, e essa troca gera uma força repulsiva. 

   Outro fenômeno é o fato dos prótons e nêutrons ficarem juntos no núcleo atômico. Os prótons e nêutrons são formados por partículas ainda menores chamadas quarks. Esses quarks são divididos em dois tipos, quark up e quark down. Os prótons possuem dois quarks up e um quark down, enquanto o nêutron possui dois quarks down e um quark up.
 A força forte é responsável por manter esses esses quarks presos dentro do núcleo atômico. É mediada pelos glúons. Do mesmo modo que os Bósons W e Z produzem a força fraca, os Glúons produzem a força forte, simplesmente com a troca de partículas entre eles.

Porem, ela possui um alcance muito curto, cerca de 10 a -13 centímetros (dez elevado a trezes negativo), por isso os glúons ficam praticamente colados nos quarks. A força forte é milhares de vezes mais forte que a força fraca, más, como possui curto alcance, quando um átomo possui muitos prótons e nêutrons em seu núcleo, a força fraca passa a predominar, o que gera o decaimento radioativo. É por isso que os elementos da parte de baixo da tabela periódica são radioativos, pois possuem mais partículas em seus núcleos.
 Em geral, as forças da gravidade são explicadas como partículas. Na verdade a troca de partículas mensageiras por outras partículas, essas partículas mensageiras possuem propriedades únicas, que permitem que elas produzam essas forças. Essas propriedades são misteriosas, não sabemos porque essas partículas são assim, só sabemos sabemos que são assim. O mundo quântico é curioso, e incrivelmente estranho, apresenta várias propriedades que não conseguimos explicar. 
Leia o post completo

Teoria da Relatividade - Parte 2

Teoria da Relatividade Geral


  
   Antes de começarem a ler este artigo, sugiro que leiam a Teoria da Relatividade Parte 1para ver a introdução do temaAnteriormente falamos como um corpo deforma e curva o espaço-tempo e nele falamos apenas de espaço curvo. Como já sabemos, um corpo com massa curva o espaço-tempo. Quanto maior a massa, maior a deformação do espaço. No caso dos Buracos Negros a deformação é tanta que cria um buraco no espaço tempo, que causa um efeito gravitacional tão forte que nem a luz escapa dele, e por isso não conseguimos enxergá-lo (daí o nome Buraco negro). Agora falaremos de tempo curvo, que é uma consequência da deformação do espaço-tempo. 

                        Tempo Curvo

   O espaço e o tempo estão tão entrelaçados que chegam a ser a mesma coisa, quando se curva o espaço também se curva o tempo. Primeiro vamos entender o que é tempo. O tempo é uma medida inventada por nós para calcular o instante em que uma coisa acontece. Imagine que você vai ao cinema com uma namorada (ou namorado) e para o encontro acontecer vocês precisam ir ao mesmo lugar e no mesmo instante certo? Agora imagine se não tivéssemos os relógios para marcarmos o instante em que as coisas acontecem, o encontro seria bem mais difícil de acontecer. Na realidade em que vivemos, é necessário uma maneira de medir a passagem de tempo, e com isso poder saber o momento em que uma coisa irá acontecer. Para ficar bem claro, o tempo que conhecemos foi inventado. O tempo na realidade é totalmente diferente. Para nós todos os relógios da Terra marcam sempre o mesmo horário independente de onde estejam, mas não é bem assim que acontece. Para entender vamos comparar o tempo com a velocidade. A velocidade é a grandeza que mede distância por unidade de tempo. Se você andar 100 km em uma hora sua velocidade será 100 Km/h.


   Considere cada quadrado desse como um metro (lembrando que essa distancia é só um exemplo, e que o tempo não é formado por quadrados) e que o seu presente seria a quantidade de tempo (espaço) que age em você por unidade de tempo (neste caso, o tempo que conhecemos). Imagine que o espaço-tempo não está curvado. O tempo então age sobre você com um quadrado (espaço) por segundo (nossa medida de tempo). Parece estranho, mas depois você vai entender. Quando o tempo está em seu estado normal ele passa de uma maneira bem específica. Agora, quando curvamos o espaço-tempo, o tempo passa de forma diferente.
 Como o tempo foi curvado, agora existe
 mais quadrados no mesmo espaço. Agora se você estiver no mesmo lugar, mas com o tempo curvo, o tempo passará diferente de antes. Digamos que agora o tempo age sobre você com 1,5 quadrados (espaço) por segundo. Com isso o tempo passa mais rápido. Agora imagine que você está naquele lugar que o tempo não está curvo e um amigo seu está no lugar que o tempo está curvo. Se vocês programarem o relógio ao mesmo tempo e ficarem um ano contando, no final, o seu relógio vai estar atrasado em relação ao do seu amigo. 

Na imagem a linha amarela representa a passagem do tempo,
note que no local onde o espaço-tempo foi curvado o tempo 
passa em um ritmo diferente dos locais não curvos.

  Agora vamos para um lugar em que essa diferença é mais aparente. imagine que você esteja no horizonte de eventos de um buraco negro.


 Essas estrelas curvam tanto o espaço que se você ficasse um ano dentro de seu horizonte de eventos, já se teriam passado mais de 300 milhões de anos aqui na Terra. Digamos que em um Buraco Negro, o tempo age sobre você com 236.986 quadrados por segundo. Agora vamos esquecer os quadrados. O tempo é algo físico, tem um formato mas não conseguimos nem imaginar como ele é. Só sabemos que ele se curva e o tempo passa diferente nesse caso.

Tempo e Velocidade


   O tempo sempre está agindo sobre nós, esteja curvado ou não. O tempo age sobre nós a velocidade da luz. Quando estamos parados (Literalmente parados) o tempo age  sobre  nós  com essa velocidade, mas, a partir do momento em que começamos a nos mover, a velocidade que ganhamos é descontada. A velocidade da Luz é de aproximadamente 300 mil km/s. Digamos que você esteja se movendo á 1 km/s. Nesse momento o tempo age sobre você a 299 mil km/s. quando nos movemos o tempo passa mais devagar. Agora imagine que você esteja á velocidade da luz. O tempo iria parar, pois não tem mais como o tempo agir sobre você. Parece bem bizarro ver o mundo desta maneira e toda essa teoria parece estar errada, não é mesmo? não. Os satélites que orbitam a terra, estão a velocidades muito altas (cerca de 1,6 km/s) e fazem isso sem parar (ou do contrario eles caem em queda livre). No final de cada dia, os horários do relógios dos satélites estão 0,001 segundos adiantados em relação aos da Terra, e por isso eles possuem um algorítimo (programa) que corrige esse erro (ou do contrario, todo o sistema entraria em pane).
Leia o post completo

Teoria da Relatividade - Parte 1



A. Einstein

No inicio do século XX, Albert Einstein revolucionou o mundo com sua teoria da Relatividade Especial e nos mostrou que a realidade é totalmente diferente do que imaginávamos. Até então, a física Newtoniana reinava e todo o nosso entendimento do universo se baseava nos pilares da física clássica, a qual estabelece que o tempo e o espaço são estáticos, absolutos, e imutáveis. Até o final do século XIX, os físicos achavam ter descoberto quase tudo sobre o universo e que a ciência estava praticamente completa, porém, conforme fomos descobrindo mais sobre os fenômenos eletromagnéticos, as explicações da física clássica não eram suficientes para explicar tais fatos. Nesse mesmo período alguns cientistas estavam tentando descobrir a velocidade da luz e em seus experimentos eles descobriram algo que era impossível segundo as leis de Newton, a luz apresentava a mesma velocidade para TODOS os observadores. Para ficar mais claro, hoje sabemos que a luz se propaga no vácuo a aproximadamente 300.000 km/s. De acordo com as explicações clássicas, se um observador seguisse um feixe de luz a 10.000 km/s, ele veria a luz propagar-se a apenas 290.000 Km/s, isso porque, como ele está se movendo na mesma direção do feixe de luz, a diferença de velocidade entre eles deveria diminuir. Acontece que na natureza isso não se aplica, pois independente da velocidade que você se mova a luz continua se movendo a 300.000 Km/s em relação a você.


Em 1905, Albert Einstein propôs a Teoria da Relatividade, a qual, através de um raciocínio simples e genial, conseguiu solucionar esse problema. Como a velocidade é medida como uma distância percorrida em um certo tempo, se a distância e a velocidade se mantêm fixas nos cálculos, o único problema está no tempo. Então, Einstein propôs que pensássemos que o tempo pode se distorcer e fluir mais rápido ou mais devagar (é como se uma hora pudesse passar em um minuto ou vice-versa).A velocidade da luz NO VÁCUO é a mesma em qualquer sistema de referência inercial. Este é um dos dois postulados da Teoria da Relatividade e sendo um POSTULADO, este enunciado não pode ser demonstrado nesta teoria. Portanto, o fato da velocidade da luz não depender da velocidade da fonte é apenas uma das circunstâncias em que tal invariância ocorre (é uma consequência das equações do campo eletromagnético de Maxwell). Adotando essa concepção, quanto mais rápido alguém se move, mais devagar o tempo passa para essa pessoa, ou seja, De uma forma mais teórica, segundo essa teoria o tempo estaria diretamente ligado ao espaço e a passagem desse seria consequência da maneira como um corpo interage com o espaço. Dessa forma, fica difícil separar tempo e espaço, pois toda análise deve ser feita observando essa relação (por isso denominamos espaço-tempo).


Complementando esse raciocínio, Einstein propôs que a energia de um corpo depende de sua massa e assim criou a famosa equação E=mc² (sendo c, a velocidade da luz; m a massa do corpo e E a energia). Essa equação nos diz que a massa pode ser convertida em energia, e vice-versa. Acontece que ela também nos mostra algo bem estranho, pois, quando se aumenta a energia de um corpo, também aumentamos sua massa (m=E/c²). Como energia pode ser expressa de várias maneiras, podemos concluir que um trabalho (variação da energia) altera a massa de um corpo. Por exemplo, se aumentarmos a energia cinética de um objeto, esse aumenta sua massa devido à conversão de energia em massa. Seguindo esse raciocínio, conforme aceleramos um corpo ele adquire energia cinética e com isso aumenta sua massa. Como a massa desse corpo aumentou, agora precisamos de mais energia para continuar acelerando. Acontece que esse aumento é exponencial e sua assíntota é a velocidade da luz. Para resumir, assíntota é uma forma de gráfico curvo na qual no desenvolver da função os valores tendem a chegar a um valor específico, porém nunca chega a adotar esse valor. Neste caso, se movermos um corpo a 99% da velocidade da luz, sua massa se torna muito alta e, se o movermos a 99,9%, sua massa aumenta exorbitadamente.  Por isso, quanto mais aumentamos a velocidade, mais energia precisamos para continuar acelerando esse corpo. Como a massa do corpo tende a infinito seria necessária uma energia infinita para continuarmos acelerando esse corpo (e como não podemos fornecer uma energia infinita) é impossível alcançar a velocidade da luz com um corpo massivo. A luz só viaja a essa velocidade porque é composta de fótons que são partículas de massa ZERO, sendo que essa massa é sempre zero independente da energia acrescentada a ele. Como a luz se move sempre à mesma velocidade e nenhum corpo com massa pode atingir essa velocidade, Einstein propôs que essa seria a velocidade máxima no universo, esse fato é devido à maneira como os corpos interagem com o espaço.


Em resumo, a teoria da relatividade quebra os princípios da física clássica dizendo que o tempo e o espaço não são absolutos e, sim, uma consequência da maneira como um corpo interage com o espaço. Além disso, mostra que, a massa e a energia podem ser transformadas uma na outra e que o universo possui uma velocidade máxima. Essa teoria já foi testada centenas de vezes e comprovada e graças a ela temos os GPS’s e tecnologias de comunicação tão precisas. 


  Veja também a Teoria da Relatividade Parte 2  

Fonte: Wikipedia, o livro "The Science Of Interstellar"- de Kip Thorne, e livro: Breve Historia de Quase Tudo - Bill Bryson,Centro de referência para estudo de física da UFRGS & Scienceworld.
Leia o post completo

Teoria do Big Bang

Teoria do Big Bang

Representação do Big Bang

 Durante muito tempo, os homens se questionaram sobre como o Universo teria surgido. Você já parou para pensar sobre como tudo começou? Essa questão é muito complexa e existem milhares de explicações para ela. Por vários seculos o ser humano tem se satisfeito com a ideia de que o universo foi criado por um Deus, más essa ideia tem sido questionada por vários filósofos e cientistas, que perceberam que o universo funcionava de uma maneira bem diferente de como as religiões diziam. Aos poucos, foi necessário abandonarmos a ideia de que ocupamos uma posição central no Universo e adotarmos a concepção de que nossa localização no Universo é insignificante. Aqui abordaremos a teoria mais aceita até o momento, a teoria do Big Bang.

 Em 1930,  Edwin Hubble percebeu que as galáxias estavam se afastando uma das outras, com uma velocidade muito alta, e que quanto mais distante uma galáxia estiver, mais rápido ela se afasta. Quanto mais tempo se passa, mais distantes as galáxias ficam uma das outras, e com base nisso, se voltássemos no tempo as galáxias iriam ficar cada vez mais próximas, a ponto de ficarem todas juntas no mesmo ponto. Estimasse que o universo tenha cerca de 13,6 bilhões de anos, esse valor se dá pelo fato de conseguirmos ver apenas os objetos que estejam a 13,6 bilhões de anos luz da Terra. A teoria do Big Bang diz que tudo o que existe no Universo esteve compactado em um único ponto, e que a partir daí começou a se expandir. Imagine todo o Universo (todas as estrelas, planetas, galáxias e etc) encolhido em um único ponto. Se você já ouviu falar na Teoria da Relatividade sabe que a matéria curva o espaço-tempo, e que isso cria a gravidade. No momento que o universo estava nesse único ponto, sua densidade e gravidade eram infinitas, tão grande que esmagava a se próprio. Quanto menor ele ficava, maior ficava sua densidade e com isso, maior sua gravidade. A gravidade era claramente a força dominante. Mas a gravidade é uma força atrativa. Ela impele os objetos a aproximar-se mutuamente. O que, então, terá sido responsável pela força centrífuga que levou o espaço a expandir-se? Aparentemente, uma força repulsiva muito poderosa deve ter desempenhado um papel essencial no momento do "Bang", mas que força é essa, dentre as que existem na natureza? Por muitas décadas essa pergunta, a mais básica de todas, ficou sem resposta. Então, em 1980, uma velha observação de Einstein deu lugar ao que conhecemos como cosmologia inflacionária, e com essa descoberta finalmente pôde-se dar o crédito à força que o merece: a gravidade. Não sem surpresa, A ideia dizia que em determinadas condições ambientais, a gravidade pode ser repulsiva e, segundo a teoria, essas condições propícias prevaleceram durante os primeiros momentos da história cósmica, e chamamos essa força de energia escura. Em um intervalo de tempo que faria um nanossegundo parecer uma eternidade, o universo primitivo proporcionou um ambiente em que a gravidade exerceu o seu lado repulsivo com enorme vigor, afastando todas as regiões do espaço umas das outras com extrema ferocidade.

 
A força repulsiva da gravidade foi tão poderosa que a explosão não só se revelou, mas mostrou ter tido uma intensidade muito maior do que qualquer um de nós havia antes imaginado. Na cosmologia inflacionária, o universo primitivo expandiu-se com um fator incrivelmente gigantesco. A ideia é que o universo estava compactado em um ponto infinitesimal, tão pequeno que um fóton seria gigantesco comparado à ele, trata-se de uma singularidade. Se você pudesse voltar até o momento do Big Bang, com certeza iria  se retirar para um local seguro a fim de contemplar o espetáculo. Infelizmente, não há local para onde se retirar, porque fora da singularidade não existe local. Quando o universo começar a se expandir, não estará se espalhando para preencher um vazio maior. O único espaço que existe é o espaço que ele cria ao se expandir.  É natural, mas errado, visualizar a singularidade como uma espécie de ponto minúsculo solto num vácuo escuro e ilimitado. Não há espaço, nem escuridão. A singularidade não tem nada ao seu redor. Não há espaço para ela ocupar, nem lugar para ela estar. Nem sequer podemos perguntar há quanto tempo ela está ali, se acabou de surgir, como uma boa ideia, ou se estava ali eternamente, aguardando com calma o momento certo. O tempo não existe. Não há passado do qual ela possa emergir. E assim, do nada, nosso universo começa. Numa única pulsação colossal, um momento de glória por demais rápido e expansivo para ser descrito em palavras, a singularidade assume dimensões celestiais, um espaço inconcebível.

Resultado de imagem para teoria do big bang
  
 O Universo se expandiu cerca de 30 bilhões de bilhões de bilhões de metros em 1 bilionésimo de bilionésimo de bilionésimo de segundo. A temperatura do universo em apenas 1 quintilionésimo de segundo era de 10 trilhões de trilhões de vezes mais quente que o interior profundo do Sol. Rapidamente, o Universo foi se expandindo e resfriando e, ao fazê-lo, o plasma cósmico primordial, homogêneo e extremamente quente, começou a formar redemoinhos e concentrações. Cerca de um centésimo milésimo de segundo depois, as coisas haviam resfriado o suficiente (algo como 10 trilhões de graus Kelvin - 1 milhão de vezes mais quente que o interior do Sol) para que os quarks pudessem organizar-se em grupos de três, formando os prótons e os nêutrons. Cerca de um centésimo de segundo depois as condições estavam prontas para que os núcleos dos elementos mais leves da tabela periódica começassem a tomar forma, a partir do plasma original. Nos três minutos que se seguiram, quando o universo esfriou-se a uma temperatura de 1 bilhão de graus, os núcleos predominantes eram os de hidrogênio e hélio, juntamente com traços residuais de deutério (hidrogênio "pesado") e lítio. Durante as primeiras centenas de milhares de anos que se seguiram não aconteceu nada de especial, além do prosseguimento da expansão e do resfriamento. Mas quando a temperatura caiu a alguns milhares de graus, a velocidade dos elétrons que se moviam em um frenesi desordenado reduziu-se o suficiente para que os núcleos atômicos, especialmente os de hidrogênio e hélio, os capturassem, formando assim os primeiros átomos eletricamente neutros. Esse foi um momento crucial: a partir de então o universo como um todo tornou-se transparente. Antes da captura dos elétrons, o universo estava inundado por um denso plasma de partículas eletricamente ativas, como os núcleos, com carga elétrica positiva, e outras, como os elétrons, com carga elétrica negativa. Os fótons, que interagem apenas com objetos dotados de carga elétrica, eram atirados incessantemente de um lado para o outro pelo denso mar de partículas ionizadas, e praticamente não chegavam a percorrer distância alguma sem serem desviados ou absorvidos. Essa nuvem espessa de partículas ionizadas impedia o movimento livre dos fótons, o que tornava o universo quase totalmente opaco, assim como o ar que conhecemos em uma neblina muito densa ou em uma vigorosa tempestade de neve. Mas quando os elétrons, com carga elétrica negativa, entraram em órbita ao redor dos núcleos, com carga elétrica positiva, produzindo átomos eletricamente neutros, a neblina desapareceu. Desde então, os fótons criados com o Big Bang têm viajado livremente, e toda a extensão do universo tornou-se visível. 

 Mais ou menos 1 bilhão de anos depois, quando o universo já se achava substancialmente mais calmo, as galáxias, as estrelas e por último os planetas começaram a surgir como aglomerados dos elementos primordiais, unidos pela gravitação. Hoje, cerca de 13 bilhões de anos depois do Big Bang, nós nos maravilhamos com a magnificência do cosmos e com a nossa capacidade coletiva de reunir os nossos conhecimentos em uma teoria razoável e experimentalmente testável da origem do universo. para concluir, o Big Bang não descreve como o universo surgiu, e sim como ele era nos primeiros momentos, e essa questão ainda é um desafio para a física moderna. Em um próximo artigo falaremos do Multiverso, que é uma continuação do Big Bang, que tenta explicar os momentos anteriores do inicio do nosso Universo (e de outros?).  


ABC da Astronomia [3] Big Bang



Fontes: Wikipedia, livro: Breve história de quase tudo - Bill Brysson, livro: O Universo Elegante - Brian Greene.
Leia o post completo

Teoria das cordas - Parte 1

TEORIA DAS CORDAS

   A física moderna repousa em dois pilares, um é a Relatividade geral de Albert Einstein, que fornece a estrutura teórica para a compreensão do universo nas maiores escalas: estrelas, galáxias, aglomerados de galáxias, até além da imensa extensão total do cosmos, o outro é a Mecânica Quântica (na qual explicaremos futuramente), que fornece a estrutura teórica para a compreensão do universo nas menores escalas: moléculas, átomos, descendo até as partículas subatômicas, como elétrons e Quarks. Depois de anos de pesquisa, os cientistas já confirmaram experimentalmente, e com precisão quase inimaginável, praticamente todas as previsões feitas por essas duas teorias. Mas esses mesmos instrumentos teóricos levam de forma inexorável a uma outra conclusão perturbadora: tal como atualmente formuladas, a Relatividade geral e a Mecânica Quântica não podem estar certas ao mesmo tempo. As duas teorias que propiciaram o fabuloso progresso da física nos últimos cem anos (progresso que explicou a expansão do espaço e a estrutura fundamental da matéria) são mutuamente incompatíveis.


   Se você ainda não ouviu falar dessa feroz controvérsia, deve estar se perguntando qual a razão dela, a resposta não é difícil. Em praticamente todos os casos, com exceção dos mais extremos, os físicos estudam coisas que ou são pequenas e leves (como os átomos e as partículas que os constituem) ou enormes e pesadas (como as estrelas e as galáxias), mas não ambos os tipos de coisas ao mesmo tempo.Isso significa que eles só necessitam utilizar ou a Mecânica Quântica ou a Relatividade geral, e podem desprezar sem maiores preocupações as advertências do outro lado. Porém o universo está cheio de casos extremos. Nas profundezas do interior de um buraco negro uma massa enorme fica comprimida a ponto de ocupar um espaço minúsculo. No momento do Big Bang, o universo inteiro emergiu de uma pepita microscópica, perto da qual um grão de areia é algo colossal. Esses são mundos mínimos mas incrivelmente densos, que por isso requerem o emprego tanto da Mecânica Quântica quanto da relatividade geral. Por motivos que ficarão mais claros à medida que avançarmos, as equações da relatividade geral e da mecânica quântica, quando combinadas, começam a ratear, trepidar e fumegar, como um carro velho. Falando de maneira menos figurativa, quando se juntam as duas teorias, os problemas físicos, ainda que bem formulados, provocam respostas sem sentido. Mesmo que nos resignemos a deixar envoltas em mistério, questões difíceis como o que ocorre no interior dos buracos negros ou como se deu a origem do universo, não se pode evitar a sensação de que a hostilidade entre a Mecânica Quântica e a Relatividade geral clama por um nível de entendimento mais profundo.

   Os gregos antigos propuseram que a matéria do universo é composta por partículas mínimas e indivisíveis, que denominaram de átomos, assim como em uma língua alfabética, as incontáveis palavras são o resultado de um enorme número de combinações de um pequeno número de letras, eles supuseram que a grande variedade de objetos materiais também fosse o resultado das combinações de uma pequena variedade de partículas ínfimas e elementares. Foi uma suposição clarividente, mas mais de 2 mil anos depois, ainda acreditamos nela, embora a identidade dessas unidades fundamentais tenha sofrido numerosas revisões. No século XIX os cientistas demonstraram que muitas substâncias familiares, como o Oxigênio e o Carbono, tinham um limite mínimo para o seu tamanho. Seguindo a tradição dos gregos eles os chamaram átomos, o nome ficou, embora a história tenha revelado que ele era inadequado, uma vez que hoje sabemos que os átomos são divisíveis.


    Durante algum tempo os físicos acreditaram que os prótons, nêutrons e elétrons fossem os verdadeiros "átomos" dos gregos, mas em 1968, experiências de alta tecnologia feitas no Stanford Linear Accelerator Center (Centro do Acelerador Linear de Stanford) para pesquisar as profundezas microscópicas da matéria, revelaram que os prótons e nêutrons são formados por três partículas menores chamadas Quarks. As experiências confirmaram ainda que os Quarks apresentam-se em duas variedades, que receberam os nomes (algo menos criativos) de Up e Down. Um Próton consiste de dois Quarks Up e um Down; um Nêutron consiste de um Quark Up e Dois down.

   Os físicos continuaram a provocar choques entre partículas, usando tecnologias cada vez mais poderosas e níveis de energia cada vez mais altos, recriando, por um momento, condições que nunca mais ocorreram depois do Big Bang. Entre os traços deixados pelos estilhaços dessas colisões, eles procuravam outros componentes fundamentais, que se iam somando a uma lista sempre crescente de partículas. Eis o que eles encontraram mais quatro Quarks (Charm, Strange, Bottom e Top).


  A Teoria das Cordas foi originalmente inventada para explicar as peculiaridades do comportamento dos Quarks.Em experimentos em aceleradores de partículas, os físicos observaram que o momento angular de um Quark é exatamente proporcional ao quadrado de sua energia. Nenhum modelo simples dos quarks foi capaz de explicar este tipo de relação. Isto levou ao desenvolvimento da teoria bosônica das cordas, que ainda é, geralmente, a primeira versão a ser ensinada aos estudantes. A necessidade original de uma teoria viável para os quarks foi completamente preenchida pela Cromodinâmica Quântica, a teoria dos Quarks e suas interações, tem-se a esperança agora que a Teoria das Cordas ou algumas de suas descendentes irão prover uma compreensão mais fundamental dos Quarks em si.


 O Universo existe da maneira que existe porque a matéria e as partículas de força têm as propriedades que têm. Mas haverá uma explicação científica para por que elas têm essas propriedades?
 A teoria das cordas oferece, pela primeira vez, um paradigma conceitual capaz de produzir uma maneira articulada de responder a essas perguntas. Primeiro vejamos a ideia básica. As partículas são as "letras" que formam toda a matéria. Assim como as suas correspondentes linguísticas, elas não parecem ter subestruturas internas. Mas a teoria das cordas diz o contrário. De acordo com ela, se pudéssemos examinar essas partículas com precisão ainda maior (um grau de precisão que está várias ordens de magnitude além da nossa capacidade tecnológica atual), verificaríamos que elas, em vez de assemelhar-se a um ponto, têm a forma de um laço (corda). Cada partícula contém um filamento, comparável a um elástico infinitamente fino, que vibra, oscila e dança, e os físicos chamaram de corda. A teoria das cordas acrescenta um novo nível microscópico (o do laço vibrante) à progressão já conhecida do átomo aos prótons, nêutrons, elétrons e quarks.

Imagem relacionada

  O que são as cordas?

  As cordas são elementos indivisíveis, no mais puro sentido da palavra grega. Por serem os elementos constituintes absolutamente mínimos de tudo o que existe, elas representam o fim da linha. Todas as propriedades do mundo microscópico estão compreendidas em sua capacidade explicativa, para uma melhor compreensão desse aspecto, pensemos em cordas mais conhecidas, como as de um Violino. Cada uma delas pode experimentar uma enorme variedade (na verdade, um número infinito) de padrões vibratórios diferentes, conhecidos como ressonâncias. Esses são os padrões de ondas cujos picos e depressões ocorrem a espaços iguais e cabem perfeitamente entre os dois apoios fixos da corda. Os nossos ouvidos percebem esses diferentes padrões vibratórios ressonantes como diferentes notas musicais. As Cordas da Teoria das cordas têm propriedades similares, existem padrões vibratórios ressonantes que a corda pode aceitar devido a que os seus picos e depressões ocorrem a espaços iguais e cabem perfeitamente em sua extensão espacial, esse é o fato central: assim como os diferentes padrões vibratórios de uma corda de violino dão lugar a diferentes notas musicais, os diferentes padrões vibratórios de uma corda elementar dão lugar a diferentes massas e cargas de força, é mais fácil entender essa associação com relação à massa de uma partícula. A energia do padrão vibratório específico de uma corda depende da sua amplitude (o deslocamento máximo entre um pico e uma depressão) e do seu comprimento de onda (a distância entre um pico e o seguinte). Quanto maior a amplitude e quanto menor o comprimento de onda, tanto maior a energia. Isso corresponde ao que a nossa intuição poderia esperar (os padrões vibratórios mais frenéticos têm mais energia e os menos frenéticos têm menos energia). Aqui também o resultado pode ser visto como normal, uma vez que as cordas de Violino que são tocadas com mais vigor vibram com mais intensidade, enquanto as que são tocadas com mais delicadeza vibram com mais suavidade.

 Aprendemos com a relatividade especial que a energia e a massa são duas faces de uma mesma moeda: maior energia significa maior massa e vice-versa. Assim, de acordo com a teoria das cordas, a massa de uma partícula elementar é determinada pela energia do padrão vibratório da sua corda interna, as partículas mais pesadas têm cordas internas que vibram com mais energia e as partículas mais leves têm cordas internas que vibram com menos energia.Como a massa de uma partícula determina as suas propriedades gravitacionais, vemos que existe uma associação direta entre o padrão vibratório da corda e a reação da partícula à força gravitacional.

 Tamanho das cordas.

   Para a Teoria das Cordas fazer sentido, as cordas devem vibrar em onze dimensões, nós estamos acostumados á pensar que nosso universo tem apenas três dimensões (altura, largura e profundidade), e é isso que nós vemos. Einstein provou que o tempo também é uma dimensão, e com isso, o universo passou a ter quatro dimensões (altura, largura, profundidade e tempo), mas nesse caso o tempo é apenas o tempo mesmo.Na teoria das cordas, além da dimensão do tempo existem outras dez dimensões espaciais, que juntas chamamos de Hiperespaço. Até hoje ninguém conseguiu nem se quer imaginar uma quarta dimensão espacial, quem diria uma sexta ou décima. Mas porque nós não as vemos? Não a vemos porque essas outras dimensões estão em escalas muito pequenas.
Se você fosse do tamanho de um elétron conseguiria ver outras dimensões, mas não todas. Boa parte delas possuem o comprimento de Planck, que é a distância mínima do universo.

Cordas em onze  dimensões
   Essa é uma corda vibrando em onze dimensões, até agora essa teoria não foi comprovada, pois não podemos ver algo tão pequeno (isso é explicado por algumas leis da Mecânica quântica, e iremos falar em outro artigo. Para você ter uma ideia, nem o núcleo de um átomo não pode ser visto nem pelo microscópio mais potente do mundo e eu estou falando do núcleo de um átomo de Frâncio que é o maior de todos.
   Se a teoria das cordas estiver certa, a teoria da relatividade e da mecânica quântica poderão ser interpretadas em uma única teoria, que descreva todas as partículas e forças do universo, uma Teoria de Tudo.





Fontes: Brasil Escola, Wikipedia, livro: O Universo Elegante - Brain Greene, e livro: Hiperespaco - Michio Kaku
Leia o post completo
Página inicial